VAMOS REDUZIR A NOSSA PEGADA HUMANA!..........
VAMOS COMER OS PRODUTOS SÓ NA ÉPOCA EM QUE SÃO PRODUZIDOS !..............................................
VAMOS TODOS SEPARAR O LIXO E FAZER A RECICLAGEM!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Já fui semear os alhos ll

Finalmente fui semear os alhos, já fora de tempo, no quarto crescente e no Natal.... Mau!!
 Muito mau... Veremos como correm as coisas, plantei também mais trinta couves de nabo, coloquei umas armadilhas e deixei lá as velhas couves que eram para comer no Natal, assim podem continua a comer....
 Deixo-vos aqui duas fotos da desgraça que foram os trabalhos anteriores no quintal, agora vamos aguardar os resultados dos desta semana....
 Os caracóis e as lesmas vão continuar alegremente a comer e a deliciarem-se com as couves que estão mais mortas que vivas como se pode ver....
Até para o ano...
Feliz ano novo de 2013....

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL

Desejo a todos os que me visitam:
Um Feliz Natal 
Cheio de saúde, felicidade, amor, carinho, abraços, beijos, xicorações,  prendas, pantufas, rebuçados, meias,  chocolates, ai-pedes e ai-podes, telemóveis, peru, bacalhau, filhoses, sonhos, bolo rei, caldo verde, laranjas e etc. etc.
FELIZ NATAL




terça-feira, 4 de dezembro de 2012

A manta das memorias II

A manta das memorias está pronta... ( vai ser o presente de Natal para a Ana )
Depois de cortar, juntar, seleccionar, combinar cores, cozer, rematar ... lá juntei todos os quadrados uns aos outros de forma a fazer um conjunto de mosaicos mais ou menos harmonioso.... 
Vista de um lado
Para juntar os mosaicos usei botões, a ideia era pegar os quadrados só pelos cantos deixando as laterais abertas. Tinha visto numa revista e a ideia agradou-me mas, depois de ver o efeito, não gostei, achei que com o uso enfiavam-se lá os pés, ficaria presa nas coisas, podia até provocar acidentes, não!!
Vista do outro lado
Depois de pregar os botões resolvi cozer ((à mão)) todos os lados dos quadrados mas, pelo avesso ficou feio, notava-se os arremates dos botões, não gostei, resolvi cozer uns pedacinhos de vários formatos mais uma vez ((à mão)) a tapar todos os remates dos botões, até que ficou bem perfeitinha a pesar dos imprevistos
Aqui do lado do avesso
Acho que ficou bonita, está muito colorida, tem muitas recordações, calças de ganga, camisolas, camisetas das corridas, restos de bordados, sobras de tecidos que eram da minha mãe, tantas coisas que havia cá por casa.....
Aceitam-se encomendas.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Já faz hoje 3 aninhos....

Faz hoje precisamente, 3 anos que comecei este meu cantinho de desabafos, de alegrias, de experiências  boas e menos boas, de trabalhos, melhores e piores, poemas, fotos, recordações, etc... etc...

O sitio onde digo (escrevo) tudo o que me vem à cabeça, mostro as minhas peripécias da horta, da casa, das costuras, da cozinha e até das corridas, quem me visita sabe tudo, quem ainda não me visitou seja bem vindo, vai ser recebido com carinho desde que se porte bem, claro....

Parabéns para mim, estou contente com o balanço feito, vou continuar porque ainda tenho muito para dizer....

Obrigada a todos!

http://www.hoticasa.blogspot.pt/2009/12/este-blog-destina-se-mostrar-o-que-sei.html

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Estou muito chateada, ofendida, escandalizada, etc...

Fico fula com as faltas de educação, de respeito, de cultura,de  informação, de ignorância etc...
Ponho aqui um texto, que não é meu mas, que informa de uma maneira simples, para que todos os que leêm entendam.

Faço greve, por convicção, por coerência com o que penso e porque hoje faço o futuro e o futuro que eu quero é um mundo sempre livre. A nossa dignidade não é comprada, nem tem preço! 

A Greve  (por José Soeiro)
Aconteceu numa quinta-feira de 1890. Eram cerca de 8 mil operários nas ruas de Lisboa. Decidiram rumar ao cemitério dos Prazeres e prestar homenagem a José Fontana, fundador da Fraternidade Operária e um dos primeiros socialistas em Portugal. Ali mesmo, vários tomaram a palavra para defender uma coisa simples: uma jornada máxima de 8 horas de trabalho por dia.

No ano anterior, em Paris, um congresso de trabalhadores reunia-se para apelar a que naquela quinta-feira de 1890 as ruas e praças fossem ocupadas não só em Lisboa mas em todo o mundo para lembrar os mártires de Chicago.

Quatro anos antes, em Chicago, foi em nome dessas mesmas 8 horas que meio milhão de trabalhadores fizeram greve e marcharam pela cidade. A polícia reprimiu a manifestação, matou dezenas de operários e julgou os responsáveis. Georg Engel, Adolf Fischer, Albert Parsons e Auguste Spies foram enforcados. Em cada primeiro de maio, o mundo recorda-os.

Nessa altura, em Portugal como pelo mundo, o contrato de trabalho quase não existia. Nem férias, nem protecção na doença, nem segurança social, nem educação pública. Os trabalhadores começavam a juntar-se em associações de socorros mútuos. Os sindicatos eram coligações operárias ilegais. A greve era proibida.

Mesmo proibidos, os trabalhadores paravam. Havia o medo e a incerteza do resultado. Mas arriscavam. Foi assim em 1842, na Inglaterra e em Gales. Foi assim em Portugal, em 1849. Em Chicago, em 1886. E não mais parou. Foram greves que trouxeram saúde e educação, impostos para os mais ricos e até o sufrágio universal. Os trabalhadores não faziam greve porque tinham contrato e direitos. Tiveram contrato e direitos porque fizeram greve.

Estamos em 2011 e Portugal mudou muito. E esqueceu muito.

Há 900 mil trabalhadores que não têm contrato de trabalho: passam recibos verdes e na lei não se prevê que façam greve. Mais de 600 mil não encontram trabalho. Dois milhões são precários. Muitos, se querem juntar-se, têm de fazê-lo clandestinamente.

Se em 1891 o governo monárquico fixava as 8 horas para alguns sectores, 120 anos depois o governo já decidiu que quer acabar com isso e pretende aumentar meia hora por dia o horário de trabalho. Os patrões agradecem e calculam o lucro que lhes vai dar o dia mensal de trabalho gratuito.

Na Grécia como em Portugal, se hoje o capitalismo tolera o sufrágio, ele dispensa a democracia. Se não propõe a escravatura, exerce-a de novas formas. Se não proíbe a greve, expulsa os trabalhadores do contrato. E a ditadura da dívida dita a impossibilidade das escolhas.

Vai acontecer no dia 24 de Novembro. Há quem diga que não vale a pena, porque se perde o dia de salário ou se arrisca o contrato. Ou porque se não o temos, ela não é para nós. Mas nunca fizemos greve por termos contrato e direitos. Teremos contrato e direitos se fizermos greve.

Como disse antes este texto não é meu mas, acho que informa e ajuda muito, a ter mais respeito por quem ousa fazer greve...
Saudações a todas as pessoas que têm a coragem de lutar por todos os trabalhadores...

terça-feira, 20 de novembro de 2012

A Manta das memorias

Está em marcha a manta das memorias.
Esta coisa de fazer mantas, sacas, tapetes e outras coisas de retalhos sempre se fez na minha família e não só.... 
 Assim surgiu a ideia de fazer a manta das memorias;
Aquela camisola que só usou uma vez e que tem guardada no fundo da gaveta?
Aquele vestido que só usou numa festa e que já não lhe serve?
Aquele lençol que se rasgou, com o bordado que ainda  está bom?
Aquela camisa que ofereceu ao seu marido quando ainda eram namorados e que ele já não usa?
As velhas calças de ganga, russas que já não usa?
 Junte tudo e ponha mãos à obra, corte. recorte, cosa de um jeito ou de outro, não fica muito perfeito visto haver texturas completamente diferentes mas, garanto que fica muito gira...
 Aqui ainda em fase de estudo, ainda não está decidido como vou juntar os quadrados mas, isso não tem importância nenhuma, o que importa é fazer e tenho a certeza que vai ficar uma maravilha...
 Aqui há, camisolas das corridas, calças de ganga, bordados, uma saia minha de pregas e muitos bocadinhos de coisas que se foram arranjando durante anos de costuras....
Quando estiver pronta falo deste projecto de novo, agora foi só para dar ideias e porque estava ansiosa para mostrar a minha ideia...Acho que a manta das memorias vai ter sucesso porque todos temos lá por casa coisas que já não usamos e que não queremos deitar fora.... 

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Este ano não há couves para o Natal

Em Setembro plantei as primeiras couves portuguesas para comermos na noite de Natal.
Quando lá voltei três semanas depois estavam todas ratadas das lesmas e dos caracóis, plantei mais couves e brócolos, umas vinte e cinco de cada, há três semanas quando lá cheguei não havia nem uma, tinham comido todas, nesse fim de semana plantei mais couve, couve de nabo e brócolos, no passado sábado estava assim, como se pode ver, não se vê......só os trocinhos ficaram....
 Dentro da estufa já plantei alfaces por duas vezes, está assim, nem uma para a amostra, nem os troços escaparam. As cebolas estão nascidas e parece que vou ter cebolo para plantar.... pelo menos isso.
as alfaces estavam junto com a semente das cebolas
 Quanto às favas, estão bonitas e a crescer muito bem. Aqui as lesmas não vêm comer, as bandidas só gostam das couves e das alfaces...
                       Este chuchu está muito bonito....vamos a ver se ele se aguenta e se dará frutos
                          Apesar de tudo deu para colher um braçado de couves (galega) e laranjas, ainda não as provei mas, já estão a começar a ficar amarelinhas, só colhi estas quatro para provar...
A natureza é assim, sem produtos químicos, sem a presença continua para controlar, as pragas vêm e tomam conta....
Nunca pensei que umas simples lesmas pequeninas conseguissem fazer tanto estrago, não deixam nada e são bem pequeninas é impressionante a quantidade delas, não há armadilhas que resultem......

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Migas à moda do que há

As migas por norma fazem-se com broa de milho, feijão frade, (facultativo) couve, azeite e alhos...
Não consegui arranjar broa mas, não deixei de fazer as migas...
Quem não tem cão caça com gato...
                            
 E foi mesmo isso que eu fiz, o resultado é bom devo dizer, o sabor é praticamente o mesmo....
Então!?
Cortei o pão duro aos quadradinhos e fritei-o no alho e azeite.
Depois juntei as couves bem escorridas e baldeei tudo muito bem para unificar os sabores.
Depois servi com bacalhau feito no azeite com alhos.
Ficou muito bom.... sem broa ficou muito bom na mesma...

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A VIDA ATRIBULADA DE UMA EMPREGADA DOMÉSTICA

Este texto faz parte do meu livro (( Cronicas do tempo )) que um dia muito longínquo será lido pelos meus descendentes.....
Esta é boa para acumular poeira pó e afins

.
   A minha vida é muito interessante! Senão vejamos: lavo a roupa e estendo, se chove apanho, senão, deixo secar e passo; entretanto, mudo a cama, aspiro, limpo o pó e lavo o chão; faço a comida, ponho a mesa, lavo a louça e apanho a roupa. 
De novo, começo: passo a ferro, arrumo as coisas, aspiro, lavo o chão, limpo o pó, estendo a roupa, faço as camas, arrumo a cozinha. 
Noutra casa a coisa muda. Vejamos: chego e começo por fazer uma máquina de roupa, depois: aspiro, lavo o chão, também a louça, depois passo e limpo o pó, pois é! Faço tudo igual.
Quantas camas faço por semana? Nove, lençóis, quantos passo? O dobro no mínimo, e pó? Meu Deus, é melhor nem falar. 
Até já pensei escrever um livro sobre o pó! Até já escrevi alguns textos sobre isso, aspiradores? Odeio, mas é um mal necessário. 
Como é óbvio não gosto do meu trabalho, quando falo com alguém, não tenho assunto, não me vou por a falar sobre limpezas e roupas. Então por isso refugio-me nos livros, nos filmes e, sempre que posso, no teatro; assim, sim, já tenho um ou outro assunto mais interessante. As pessoas falam de trabalho, da carta que escreveram! Do chefe que é chato! Da colega que está grávida! Do relatório sobre sondagens! Do grande negócio que fizeram ou que a empresa vai fazer!... E eu não tenho desses assuntos para conversar.
O que me vale são uns intervalos que eu faço para escrever estes textos que vou juntando, talvez um dia se transformem num livro que ninguém vai ler, ou então será; OS DIÁRIOS DE UMA EMPREGADA DOMÉSTICA, com manias de grandeza ao nível da cultura e da literatura...Ah! Ah! Ah!
    Bom! Mas aqui também podia escrever um livro, sobre as vidas das pessoas que vou conhecendo, romances de intrigas ou de traições que sempre acontecem, histórias de famílias de bem, mas que de bem pouco têm. Mas não quero, prefiro falar de mim e do meu trabalho, que, pelo que já se viu, é muito mais interessante. Contar histórias de fantasia, coisas que não passam pela cabeça de ninguém, falando nisso, lembrei-me de uma! Vou contá-la já!
  Nesta história qualquer comparação com a ficção é pura coincidência, tudo o que aqui é relatado é a dura e triste, ou alegre, realidade.
   Dou a voz aos protagonistas; O pó, o cotão e outros pós.
   Nós, o pó somos um e milhares, somos no singular mas estamos em toda a parte, estamos nos sítios mais absurdos, estamos desde o simples móvel liso onde somos perfeitamente visíveis, até aos sítios mais escondidos da casa, e não só, também entramos nos narizes das pessoas, mas isso é outra história.
   É praticamente impossível apanhar-nos, o mais perigoso é o aspirador mas mesmo assim acabamos sempre por ser libertados de uma forma ou outra. Há realmente pessoas que são implacáveis, aspiram, apanham-me com produtos tóxicos e panos amarelos, não entendo porquê! Porque é que os panos assassinos de pó são sempre amarelos?! Enfim, assassinos é como quem diz, porque apanham-me dentro de casa e logo me dão liberdade na varanda ou na janela. Eu só passo da casa para a rua, logo volto a entrar em casa ou levado pelo vento ou agarrado às roupas dos transeuntes, ou numa casa, ou noutra, eu sempre volto ao ponto de partida. Nunca, por mais que tentem, conseguem liquidar-me porque sou imortal, mesmo que me apanhem com aquelas máquinas de água, não sei se conhecem? Nós entramos todos juntinhos para um depósito de água, como a água mais tarde ou mais cedo acaba por evaporar, eu, nós o pó, ficamos livres novamente. Como constatam, eu só mudo de sítio! Mas nunca acabo, e não vale a pena pensar que se limpou o pó hoje, amanhã já há outro, ou será o mesmo? Isso só quem sabe sou eu, porque vocês sabem lá o que me aconteceu entretanto?
   Se eu vos contasse as minhas aventuras, ficaríamos aqui até ao fim do mundo. Se esta caçadora de pó me deixar eu hei-de contar-vos algumas bem interessantes, mas por agora vou passar a palavra ao meu irmão, o cotão. Somos irmãos por parte de pai, a mãe era outra. Eu não me dou muito bem com ele, apesar de ele sempre se tentar misturar comigo, por exemplo, ando eu muito feliz no ar a observar tudo lá de cima quando ele me chama e me agarra a ele, atraindo-me como um íman, e por ali ficamos juntos em bolinhas levados de um lado para o outro pela deslocação do ar. O meu irmão gosta muito de mim, mas se eu andar sozinho é muito mais difícil apanharem-me! Se andar agarradinho a ele sou muito mais visível e até digo mais, temos muito mau aspecto quando estamos juntos, enfim eu depois explico melhor! Agora para ele não ficar com ciúmes vou deixá-lo falar.
    Olá! Eu sou o cotão! Eu moro sozinho! Nas roupas, nas bainhas das calças, nos colchões, nas bainhas dos cobertores, nos cantos dos rodapés, dentro dos televisores, dos rádios, atrás dos fogões etc. etc. mas eu gosto mesmo é de ficar no escuro, em sítios bem quentinhos, onde nunca ninguém vai. Sou capaz de ficar anos, atraindo os meus irmãos e juntando, juntando, ficando … até aparecer alguém com a mania das limpezas.
   O meu irmão diz que é diferente de mim. Ah! Ah! Ah! Ele ainda não percebeu que eu sou ele, só que sou muitos! Quando digo muitos! Digo mil milhões de milhões, um número incalculável, ou seja, infinito! Assim uns por cima dos outros, tornamos-nos num só, eu! Entendem? O meu irmão não entende.
    Um dia estava eu muito tranquila a crescer dia a dia juntando-me com outros pós agarradinha a um tapete grande, feliz da vida a ver passar o aspirador e a vassoura, mas sempre no meu cantinho a crescer e a ver as outras bolinhas de cotão, minhas irmãs, a serem sugadas pelo implacável aspirador, ou arrancadas à força pela vassoura ou mesmo à mão, sim, porque quando nós nos agarramos aos tapetes, as pessoas arrancam-nos com as unhas implacáveis, esmagam-nos entre os dedos e metem-nos em sanitas ou nos caixotes do lixo, onde nos misturamos com toda a qualidade de lixos e de onde é muito difícil sair. Já ouvi histórias horrorosas, contadas por irmãs minhas, em que levaram anos para se libertarem dos lixos, mas como se sabe, nós o pó acabamos sempre por nos libertarmos. Voltando ao que estava a contar, lá estava eu em paz e feliz da vida, quando o tapete é levantado e eu sou arrastada sem que me apercebesse quando o tapete é sacudido violentamente, eu quase fui pelo ar voando, mas não, lá consegui agarrar-me ás pontas do tapete, como se não bastasse, escovaram e voltaram a escovar até que não aguentei e fiquei presa à escova. Quando a caçadora de pó atirou a escova para a dispensa eu libertei-me e fui instalar-me num cantinho entre a parede e o pé da prateleira e lá fiquei algumas horas até que, acende-se a luz, e qual não é o meu espanto! Aparece o aspirador com aquele barulho ensurdecedor a puxar tudo o que é pó e outros lixos que se encontravam felizes ali naquele escurinho tão agradável. Aí, eu fui sugada, mas no mesmo instante em que fui levada do meu cantinho o aspirador desligou-se e eu fiquei presa no cano. Não sei se tenho sorte ou se sou muito resistente, o aspirador foi levantado e eu caí, com a deslocação do ar lá voltei, outra vez, para um cantinho da dispensa. Tinha acabado de me acomodar quando, eis que chega a esfregona, mas essa não faz mal a ninguém, só nos empurra mais para os cantos onde nós podemos ficar mais tempo.
    Escapei desta! Agora vou deixar falar a minha irmã, a poeira.
     Olá! Eu sou a poeira e não gosto de falar, o que eu gosto mesmo é de fazer jumping, é mesmo assim que passo a maior parte da minha vida, enquanto flutuo no ar suavemente. Querem saber como é? Pois muito bem! Entro nos narizes das pessoas e começo a dançar lá dentro, passado pouco tempo elas espirram e eu sou disparada saltando para longe a uma velocidade incrível, embora saia molhada como sou muito leve, seco rapidamente e volto a fazer o mesmo. A minha vida é muito divertida, não me importa os meus irmãos nem quero ter nada a ver com eles. Xáu!... Vou divertir-me. 

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Favas, tremocilha de estrume e cebolo

Este blogue para além de mostrar o meu quintal e o que lá faço, serve sobretudo para meu diário da horta...
 Este fim de semana voltei ao quintal para semear as favas, como ainda era minguante aproveitei, convêm semear sempre no minguante, semeei também tremocilha de estrume, no ano passado o inverno foi tão seco que elas nem nasceram mas, ontem já lhes choveu em cima pode ser que corra melhor...
 Plantei dentro da estufa que o J. fez no ano passado, algumas alfaces, semeei assim tudo junto a semente de cebola que eu guardei...
Foi de uma cebola que espigou e deu duas bolas enormes de flor...
Espalhei por cima casca de ovo moída, a ver se as lesmas se enrolam e não chegam às alfaces
                                                                                                                                                                     
Parece que trabalhei muito mas, para as favas não precisamos de cavar a terra é só enterra-las...

Com a tremocilha é a mesma coisa.

Entretanto tentei cavar um bocado de terra para guardar já para as batatas mas, não se consegue meter a enxada, é uma parte de terra onde nunca fiz nada, não é lavrada nem cavada desde que eu fiquei com ela..

Quem cuidava era o meu vizinho e ele usava o tractor, agora como já não é tratada há para aí uns quatro ou cinco anos, está dura!!! Não sei se serei capaz de tratar só com a enxada mas, tem que ser aos poucos e poucos

Já viram o tamanho desta couve??

Foi das que sobraram do ano passado....daqui a pouco tenho que levar o escadote para tirar as folhas.... hé! hé! hé!


domingo, 14 de outubro de 2012

Plantar alhos?????

Pois é, parece estranho e é mesmo...
Quando em Junho apanhei os alhos para guardar, deixei (( não sei como )) muitos para trás, agora com a chuvinha e a humidade eles, toca de rebentar todos contentes...
 Eu que não gosto de perder coisas, nem entrar em desperdícios, (já no ano passado fiz o mesmo mas eram menos) toca de apanha-los, separar os dentinhos e plantar, no ano passado nem notei a diferença dos outros que semeei em Dezembro...
Este ano esperemos que também resulte, como são muitos, parte do trabalho já está feito...
 E cá está um dos meus trabalhos deste fim de semana, esperemos que dê resultado, ainda deu mais de um cento deles, que o Jozéf esteve a conta-los.
Para além disso, também plantei brócolos e alfaces, para as lesmas comerem, lesmas e caracóis.... são tantos meu deus... Acho que tenho que recorrer a algum químico, não se conseguem controlar..
Quando lá estive há duas semanas, espalhei cinza, areia e cerveja, apanhei muitas mas, não é suficiente, as couvinhas estão todas furadas, as que sobreviveram !!....Hoje coloquei junto ao pé das plantas, serradura.... a ver se resulta, vamos rezar.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

A terra dá trabalho!!!

Antes


A terra dá trabalho, dá sim senhor.
Ontem fui até ao quintal e trabalhei que me desunhei...


Depois


O Caos 
Entretanto cá está o trabalhinho concluído
O resultado


Cavei um bom bocado de terra que vai ficar a descansar para em Dezembro semear os alhos....






Entretanto, não dá para ver mas, plantei meio cento de couves portuguesas, semeei cenouras, coentros e couves de nabo

Do canteiro que fiz, na ultima vês que lá fui???

As lesmas e os caracóis comeram praticamente todas... escaparam umas quatro....

Para evitar o pior, espalhei cinza, areia e caixinhas com cerveja....
Vamos ver se resulta....



Do lado oposto o caos manda!!!

A horta do verão está toda baralhada, a mangueira espalhada, as abóboras continuam a dar flor, os pimentos estão cheios de flor mas, frutos???









É mentira, só as couves crescem e dão folhas tenras e lindas... apanhei um braçadão




Agora vou descansar acabei de chegar e não tenho força para mais nada....

domingo, 16 de setembro de 2012

(Apple-pie) Tarte de maçã americana

Há já muito, muito tempo, que tinha curiosidade de saber como seria o sabor da tarte da vóvó Donalda ....
Tenho bastantes maçãs que vieram de vários sítios visto que estamos no tempo delas.. algumas até já com bicho, porque são biológicas...há que serem aproveitadas.
Ontem pensei!!.....
Mas eu posso ir à net... Deve haver montes de receitas e se não houver em português faz-se a tradução, mal seja, que eu não seja capaz de fazer a receita....!!!!
                               
 E cá está ela a arrefecer na janela como sempre aparecia nos desenhos animados e nos livros de banda desenhada.... A receita fui busca-la aqui neste simpático blogue Posso dizer que me senti lá... dentro dos desenhos animados e junto da vóvó Donalda, dos seus netinhos, sem esquecer o tio Patinhas e o velho Donald....
Agora a receita:
Massa
2 chávenas de farinha de trigo + 2 colheres de farinha maisena
1/2 chávena de margarina fria
1/2 chávena de água gelada
uma pitada de sal e de açúcar
Recheio
Enchi a forma onde fiz a tarte de maçãs descascadas e cortadas finas, depois mudei-as para uma tigela e juntei,
Uma chávena de açúcar mal cheia
uma pitada de canela e de nós moscada
2 colheres de farinha maisena
Misturei tudo muito bem com uma colher...
Deixei descansar tudo uma hora mas, pode ser mais tempo, a massa no frio.........

Depois é só montar a tarte e levar a cozer, o forno não deve estar muito quente para que o calor penetre bem no interior e coza bem a maçã...170º
Que dizer mais?? Quem sabe cozinhar sabe fazer, o resto é imaginação e criatividade... façam a vossa própria tarte e.... bom apetite.

sábado, 8 de setembro de 2012

Colher, plantar, limpar e ver!

Quando cheguei ao quintal hoje de manhã pensei, será que consigo fazer tudo??
Claro que há sempre muita coisa para fazer, o quintal requer tanta atenção mas, há sempre prioridades.
Comecei por colher, tomates, tomates cereja , courgetes, o resto das cebolas, couves e os bravo esmofre que já estavam caídos...
 Entretanto aqui em Lisboa, um amigo que tem uma horta lá para os lados de Casal de Câmara, deu-me uma mão cheia de couves (portuguesa mas de uma qualidade diferente) para plantar, eu tinha que aproveitar...
 Então como não tem chovido a terra está muito seca, impossível de cavar, tive que a regar para o conseguir fazer, só cavei o estritamente necessário, só para fazer duas carreiras, cá está o pequeníssimo canteiro mas, é um canteiro
 Os espargos, que no ano passado não deram nada, parece que este ano estão com melhor aspecto, (veremos) mondei-os e reguei-os para não dizerem que não dão por minha culpa.... Enfim.
E ainda aqui um amigo meu já de outras datas mais antigas, não sei se é o mesmo ou um descendente mas, ele cá está alegremente e sem o perigo de morrer com produtos químicos.....!

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Acabadinho de ler

Este livro tem uma história peculiar.



Apareceu no meu carro vindo não se sabe de onde.
O Jozéf chegou a casa com ele e disse-me:
- Deixas-te este livro no carro, anda lá aos trambolhões há que tempos.
- Eu? Não, não é meu, deve ser do Hugo...
Perguntei ao Hugo, não era dele.
- Deve ser do Nuno, tu não foste com ele um dia destes comprar materiais?
O Nuno é uma daquelas pessoas que anda sempre com um livro debaixo do braço.
Perguntei ao Nuno, não era dele.
Mas afinal de quem será o livro? Os livros não nascem assim nos carros das pessoas...
Ao fim de pensar e mais pensar de quem seria o livro, comecei a lê-lo e li-o todo...



.....- Sua cadela desleixada! - Gritava ele, praticamente a cuspir as palavras. - Sua marrana mentirosa e ladra!
Marrana era uma palavra nova para mim. Mais tarde, o meu professor informou-me que significava duas coisas, porca e judia convertida, um epíteto que me tinha confundido, uma vez que eu nunca tinha ouvido descrever a Tia Beatriz como outra coisa que não uma boa alma cristã....

....Agora, o malvado cocheiro terminava a sua diatribe rosnando:
- Vou-te vender para fazer cola, sua meretriz preguiçosa!
A seguir, depois de ter dado vários pontapés na Tia Beatriz, agarrou-lhe os cabelos ralos, preparando-se para lhe bater com a cabeça  contra as pedras da calçada.
....
Aqui está um pequeno excerto do livro.
Leva-nos da cidade do Porto, ainda nos resquícios da inquisição, até Nova-York, passando por África, Londres e sul da América, no tempo da escravatura, tudo isto no inicio do século dezanove...
Uma grande aventura, que apesar de estar muito longe dos nossos dias, está completamente actual...
Gostei muito.

Autor: Richard Zimler
Titulo: Meia noite ou o principio do mundo

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A história do blogue

Não gosto de textos grandes mas, este tem que ser maior que o costume,  tenho que agradecer a quem me visita…
Obrigada a todo pelas visitas e pelos comentários sempre tão simpaticos...

Quando criei este blogue para mostrar as minhas coisas do quintal, não pensei que tivesse tanta visibilidade, não tinha ideia do que era a net, alias eu nem sequer frequentava este mundo nessa altura.

Comecei a vir ao computador para jogar, para ver uma ou outra receita de culinária, para me informar de horários dos autocarros, ou da meteorologia, tinha um email que só via de tempos a tempos e que me irritava, porque estava sempre cheio de correntes e coisas que não me interessavam… enfim só para dizer que achava a net uma seca…

Depois que herdei, o quintal da minha mãe, que comecei por lá plantar umas coisas e ver que não era preciso eu lá estar para elas crescerem… Só aí! 
Nessa altura eu queria saber como se cultivavam os espargos, um vegetal que eu adoro e que é muito caro. Queria cultivar espargos mas, ninguém me sabia dizer nada sobre o assunto… Então resolvi ir à net para pesquisar…
Foi nesse dia que se me abriu este mundo, encontrei blogues sobre espargos (pouca coisa) sobre todo o tipo de culturas, eu nem sabia o que era um blogue, fiquei cheia de ideias para cultivar, semear…

(o doce de ameixas foi feito aqui)

Não dá para falar sobre tudo o que descobri, aprendi e vi nessa altura, foi uma porta gigante que se abriu para mim… Um dia perguntei ao meu filho que trabalha com computadores desde criança e é o trabalho dele:
- ….. não me queres ensinar como se faz um blogue? Ao que ele me respondeu.
- Então vai a blospot.com e segue as instruções! Fiquei fula com ele.
- É assim? Não me podes ajudar quando eu preciso de ti??
Ainda houve discussão e virei-lhe as costas, os filhos são sempre a mesma coisa, se precisar tenho que pedir a estranhos, etc. etc.

Assim que tive oportunidade sentei-me ao computador e fiz o que ele disse, foi tão fácil, que lhe telefonei de seguida para lhe pedir desculpa… e foi assim que nasceu este espaço, que tantas alegrias me tem dado…
Quanto ao quintal, já sabem tudo, é só pesquisar aqui para encontrarem tudo o que tenho feito, aprendido e relembrado do tempo em que era criança e andava com o meu avô a tratar das terras, ele era um grande agricultor.

Pode parecer que é preciso muito trabalho para ter resultados, não é verdade, creditem, não é mesmo, eu vivo em Lisboa e só vou ao quintal, uma a duas vezes, por mês, no máximo três...
A minha horta é assim uma coisa tipo selvagem, para colher é preciso andar à procura das coisas pois as ervas daninhas são tantas.
Quando lá vou passo o tempo todo no quintal a fazer coisas, arrancar ervas, cavar com enxada, (ali não há maquinas) a plantar alguma coisa conforme a época, apanhar caracóis e lesmas, a preparar fertilizantes ou pesticidas naturais, a distribui-los... enfim, sou capaz até de me esquecer do almoço, alias esqueço tudo quando ando no quintal... mas, não me estou a queixar, adoro... É o meu mundo perfeito.

Espero não me ter alongado muito, queria agradecer a todos os que me visitam, mesmo aqueles que não comentam, aos que comentam quero agradecer muito mais, porque me dão tanta alegria, tanto entusiasmo, tanta força para continuar e aos que me mandam coisas o meu xi coração muito apertado…. Estou sempre aqui e vou continuar até…….

domingo, 12 de agosto de 2012

Cada ano há uma coisa que sobressai (pepinos)

Há dois anos atrás tive tanta courget que nem sabia o que fazer com elas, apesar de ter sempre tomates, pepinos e todas as outras coisas, há sempre uma que sobressai...
No ano passado foram os pimentos, deu para comer e congelar, tive pimentos para todo o ano, ainda há pouco os acabei mas, este ano não há grande coisa, estão lá muito pequenos, cheios de flor mas com poucos frutos...
 Este é o ano do pepino, não há duvida... As courgetes nada, os pimentos, muito poucos.... mas, os pepinos são tantos... ainda bem que há fartura de alguma coisa....
 Aqui as fisaliz  muito bonitas e saborosas, os tomates também já começaram a produzir, em grande quantidade e são muito saborosos, as cenouras é melhor nem falar, estas já foram semeadas no inverno e só agora deu para apanhar.... muito poucas e fininhas.
Eu sei que não me posso queixar, afinal vou lá pouco, não dou muita assistência, ponho lá as coisas e pronto, muito faz a natureza e sem fertilizantes... 
Não me estou a queixar mesmo, estou a dar graças....
Pela primeira vez acho que vou ter fruta, as macieiras parece que vão ter maçãs, o diospireiro está carregado com frutos, a laranjeira também... está tudo a prometer....

sexta-feira, 27 de julho de 2012

O resto das batatas e as cucuberitacias

Ontem fui ao quintal.
A propósito do dia dos avós, fui à escola da Lia e aproveitei para fazer e ver umas coisas...
 Ponto da situação:
As abóboras têm uma rama imensa, espalhada por um espaço enorme mas, abóboras só vi esta..
As courgetes que já foram plantadas por varias vezes só uma, que eu tinha pensado que tinha morrido, (a que me foi oferecida pelo Rui Esteves) afinal, até agora, foi a única de deu fruto... fiquei surpresa mas, ainda bem.
 Quanto aos pepinos nunca tive tantos, o Jozéf já tinha apanhado nos dois fins de semana passados e ontem apanhei nove, são muito grossos, de cor clara, parece que já estão maduros de mais, mas não, são muito tenros e saborosos...
Das batatas nem quero falar, o melhor é gasta-las o mais rápido possível e esquecer...
Entretanto arranjei uma tela grande e protegi um bom bocado de terreno para semear os alhos em Dezembro