Sou como uma árvore
Estou agarrada à vida com raízes bem fincadas na terra, alimento-me do que vem da terra, da chuva, do carinho do homem que me cuida e ama.
Estou só como todas as árvores, mesmo junto umas das outras estão sós, não posso sair deste sítio, estou presa; ao trabalho, à falta de meios, à tristeza que não posso partilhar pois não resolve a situação, estou agarrada à terra, ao local, à vida.
Sou no fundo uma árvore feliz, não me falta nada; nem água, nem alimento, nem carinho, nem amor… só me falta arrancar as raízes e partir para conhecer o mundo, mas sou uma árvore e as árvores não podem sair do local onde foram plantadas.
Dobro-me ao vento, à chuva, à noite e ao dia. Dobro-me aos temporais, aos raios e trovões mas estou e vou ficar de pé, aqui agarrada com as raízes profundas na terra que me viu nascer e me há-de ver morrer, ou então derrubada sem dó nem piedade pela mão do homem que me plantou.
Que me plantou?... Não! Pelos netos ou bisnetos porque eu sou teimosa e hei-de viver aqui agarrada, com as raízes bem fincadas na terra, muito mais tempo que o homem que me plantou.
Só lamento que actualmente se derrubem mais que as que se plantam.
Muito bonito Eugénia. Quando me falta paciência para ...tanta coisa, consegui ler direitinho este teu texto do princípio ao fim, com muito prazer e com um sorriso nos lábios. Encantada e embalada pelas palavras, como folha de árvore acariciada pela brisa.
ResponderEliminarUm beijinho a essa árvore que és tu!
Maria Sem Frio Nem Casa
As árvores morrem de pé. Assim dizia a nossa célebre atriz Palmira Bastos.
ResponderEliminarOlá, hoje pela primeira vez consultei "a tua obra prima" adorei tudo e fiquei com agua na boca a ver as fotos dos teus cozinhados, bem... aquele pão quente acabado de sair do forno... lembrei-me da ultima vez que estive contigo (no teu espaço hortícola) que também fizeste pão.
ResponderEliminarContinua...
Um beijo grande!
Sol