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sábado, 4 de dezembro de 2010

Há ajudas e ajudas...

Quando a minha mãe enviuvou, ficou com dois filhos, um com oito anos, outro com seis e ainda estava grávida da minha irmã.
Não havia pensões de sobrevivência, nem a minha mãe tinha um emprego, só lhe sobrou o trabalho no campo ou em casa de alguém, a fazer umas limpezas, lavar roupa ou costurar
É claro que tivemos a ajuda da família, os meus avós tanto de um lado como do outro ajudaram muito, mas foi o trabalho da minha mãe que nos sustentou sempre.
Ainda há poucos anos ela dizia:
- Devo tantas obrigações a tanta gente que me deu trabalho, mesmo sem ser preciso, só para eu poder ganhar a jorna.
Era assim que se fazia, chamavam-se as pessoas que precisavam para lhes dar trabalho e assim se ganhar a vida com dignidade. Agora dão-se esmolas, distribuem-se alimentos pelos pobres, quando o que eles precisam é de trabalho.
O meu avô dizia:
- Não dês o peixe ao pobre, ensina-o a pescar.
- Não dês o pão ao teu filho, ensina-o a cavar a terra.

Hoje não se chama ninguém para fazer nada, porque as leis do trabalho exigem muitas condições e é justo que quem trabalha tenha condições, mas mesmo trabalhos pequenos sem compromissos, devia haver uma forma de ajudar quem precisa, sem por isso ter problemas … sem explorar ninguém, mas sim para ajudar a ganhar a vida. Até trabalhos esporádicos: uma limpeza, umas costuras, carregar uns baldes nas obras, etc. Qualquer coisa sempre se arranja…
Eu sei, que nos dias de hoje, corro o risco de ser mal interpretada, mas sempre que é preciso, eu dou trabalho e também faço este tipo de trabalhos, que me ajuda muitas vezes a equilibrar o orçamento mensal, sem por isso explorar ninguém nem me sentir explorada…
Vamos todos, chamar as pessoas que nós sabemos que têm dificuldades e dar-lhes algo para fazer, para assim terem algum dinheiro, ganho com dignidade, para passarem um Natal melhor… É muito mais proveitoso que a esmola...
- Os restos dos refeitórios e restaurantes?
- O banco alimentar?
- A sopa na câmara municipal?
Nãão!... já se imaginaram nessa situação? Têm a certeza que não é melhor terem um trabalho??? ….

3 comentários:

  1. Não podia concordar mais contigo. O problema é que demasiadas pessoas já se habituaram a nada fazer, a limitar-se a receber apoios. Porque hão-de "aprender a pescar"?
    Bjs

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  2. Eugénia
    Não podia estar em maior sintonia consigo!
    Eu ainda sou do tempo, em que trabalho faz bem,ocupa o físico e o espírito.
    Grande Mãe a sua, estou certa que toda essa vivência que teve, soube transmiti-la,tendo hoje "vaidade" nos filhos.
    Nada mais promiscuo que a caridadezinha, e a grande maioria dos aproveitadores.
    Não quero com isto dizer que não se auxilie quem precise, mas há sempre quem, use e abuse, e muitas vezes paga o justo pelo pecador.
    Um beijo

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  3. Apesar de concordar (deve-se ensinar a pescar) nem todos os casos são simples. Nem todos os problemas das pessoas que refere são resolvidos com trabalho, há casos bem complicados. Não deve é haver pessoas sustentadas pela caridade. O que se deve dar é uma ajuda para não se afundarem mais e uma escada para sairem do buraco.
    O banco alimentar alimenta muitos mais sem ser os sem abrigo, ou os mendigos profissionalizados... há crianças orfãs de pais vivos, desempregados (tambem não profissionalizados), idosos...
    Mas verdade seja dita, por cada um que efectivamente merece ajuda parece existir uns quantos que o que querem é fazer nada...
    Isto é assunto para muitas horas.
    Ana

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