VAMOS REDUZIR A NOSSA PEGADA HUMANA!..........
VAMOS COMER OS PRODUTOS SÓ NA ÉPOCA EM QUE SÃO PRODUZIDOS !..............................................
VAMOS TODOS SEPARAR O LIXO E FAZER A RECICLAGEM!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Presentes de Natal

Já estão prontos os presentes de Natal para as minha netas.
Continuando na minha ideia, que gastar dinheiro em coisas sem valor, está a cair em desuso... Desta vês escrevi algumas histórias e fiz um livro, elas ainda não sabem ler mas as mães lêem para elas, ou os pais.

Aqui fica uma delas.
A menina, a joaninha e a urtiga
Era uma vez uma menina que gostava muito de andar descalça.
Passava o dia a tirar os sapatinhos que a mãe lhe calçava. As meias ficavam muito sujas e os pezinhos, durante o inverno, ficavam muito frios.
No verão andava de sandálias ou mesmo de chinelos. Os chinelos saem do pé com muita facilidade e assim a menina largava-os constantemente.
A mãe, preocupada com o que podia acontecer com os pezinhos da menina, sempre lhe dizia:
- Lia! Não tires os chinelos, que ainda te magoas.
Um dia estava em casa da avó e foi até ao quintal, descalça.
Parou a brincar com uma flor muito bonita e não reparou numa joaninha que lhe subiu para o pé descalço.
Ela nunca tinha visto uma joaninha. Quando começou a sentir umas cóceguinhas no peito do pé ficou muito aflita, mas depois reparou na joaninha e ficou ali a olhar para ela, muito quietinha, para ver aquele animalzinho encarnado com bolinhas pretas.
Deixou que lhe subisse pelo pé até ao início da perna.
Quando a avó a chamou veio a correr para dizer o que lhe tinha acontecido:
- Vó! Vó! Vó! Olha um bicho, aqui no meu pé, vóóó!
- Que foi Lia? Que aconteceu, filha?
- Oh! Caiu! Caiu! Vó!
- O quê? O que é que caiu?
- Um bichinho lindo encarnado com bolinhas pretas, um bicho pequenino… uma bolinha, caiu?
A menina chorava porque a joaninha lhe caiu do pé. Procurava pelo chão e pelas ervas o bichinho que tinha caído e nunca mais o viu.
Entretanto a avó tentou perceber que bichinho seria e quando encontrou uma joaninha, segurou-a com muito cuidado e levou-a para a menina ver se era aquele o bichinho que ela tinha visto.
A avó explicou à menina que os bichos não são todos bons e bonitos. Também há bichos que podem morder e transmitir doenças.
- É por isso que a avó, quando vai para o quintal, usa sempre umas botas e umas luvas. É preciso ter muito cuidado com os pés, porque é com os pés que nós andamos e temos que ter muito cuidado com eles, para não nos magoarmos e, assim, ficarmos doentes. Vá lá Lia! Calça os chinelos. Não andes descalça que te podes picar ou algum bichinho menos bom ainda te morde.
Ainda a avó estava a falar quando a menina deu um grande grito muito aflito.
- Então? - Perguntou a avó assustada com o grito da menina. – Que se passa?
- Ai! Ai! Ai! Vóó! Dói o pé! Vóó!
- Sim!? - Perguntou a avó, pegando no pezinho da menina para ver o que é que desta vez tinha acontecido ao pé descalço da menina.
Quando a avó reparou que estava mesmo ali ao pé uma urtiga, disse para a menina:
- Não faz mal, não chores que já passa. É só esta plantinha aqui, que não gostou que tu a tivesses pisado, vês aqui? E mostrou à menina uma planta cheia de pelinhos em todas as folhas e também no tronco.
- Vês? É uma urtiga. Se lhe tocas ela pica-te.
- Dói!... Dói o pé vó! Que é urtiga? Ai! Dói!
- Claro que dói. Anda cá para por um remédio. - Disse a avó. E foi esfregar o pé da menina com vinagre.
- Vó! As urtigas são bichinhos?
- Não querida, as urtigas são plantas.
- Mas a urtiga mordeu-me, avó! Não posso tocar nela?
- Não! Não podes tocar nela, mas se andasses calçada já podias. Tu não podes é andar descalça, nem aqui no quintal nem no chão, porque podes pisar um vidro, ou um bicho, tens que andar com os chinelos e ver sempre onde pões os pés.
- Ainda dói Vó! - Dizia a menina.
- Vai passar! Não andes descalça Lia. A Natureza é muito bonita mas tem as suas defesas. Temos que aprender onde se pode ou não pode mexer.
À noite, quando foi para casa, contou à mãe e ao pai o que lhe aconteceu em casa da avó e disse logo à mãe:
- Mãe! Olha! Eu não posso andar nunca sem sapatos. A avó diz que é muito perigoso, porque a Natureza morde. Sabias mãe?
A mãe riu com a conversa da menina, mas concordou com ela.
- Sabia sim, querida. A Natureza é boa e bonita mas é preciso ter sempre cuidado, principalmente com os pés descalços.
A menina aprendeu a lição. Agora, sempre que sai para a rua, nunca larga os chinelos nem tira os sapatinhos.

Só espero que elas gostem tanto do presente como eu gostei de o fazer.

9 comentários:

  1. Se elas gostarem tanto como eu gostei vai ser um enorme sucesso!
    FELIZ NATAL!

    ResponderEliminar
  2. Parabéns, tenho a certeza que elas vão adorar...como eu adorei!!!!

    ResponderEliminar
  3. esta historia e deliciosa, assim como a prenda! elas vão adorar, tenho a certeza!
    bjs e parabéns!

    ResponderEliminar
  4. parabéns ,é claro que elas vão adorar...

    ResponderEliminar
  5. Parabéns pelo seu blog, gostei muito e identifico-me também com a mensagem associada ao mesmo.

    http://quintadafontecoberta.blogspot.com/

    ResponderEliminar
  6. Boa tarde Eugénia,

    Muito bonito esse conto os meus parabens.
    Agora faça um favor a si própria envie uma morada para ( resteves38@yahoo.com.br)

    Cumps

    ResponderEliminar
  7. Que giro que ficou!!!

    Um orgulho. Com certeza irão adorar e será uma recordação com que vão ficar da avó por muitos e bons anos. Agora poderão não dar o devido valor, mas quando forem maiores terão com certeza um grande orgulho da Avó E.

    Beijinho grande

    ResponderEliminar
  8. Fantástica ideia! Elas ainda são pequeninas, mas quando crescerem vão dar muito valor à avó escritora:)

    ResponderEliminar
  9. Já tinha lido há dias e quis comentar... o tempo fugiu-me...mas de hoje não passa! E quero só dizer à minha amiga, que a história, a ideia, os livrinhos, estão...uma delícia, por aquilo que aqui nos mostras! Feito com todo o Amor, que outra coisa podia sair? Encantador! Um espectáculo! Parabéns à minha amiga escritora com muita alma!!

    ResponderEliminar